Como será o amanhã?
A síndrome da fibromialgia tem uma característica enlouquecedora de não sabermos como será o nosso amanhecer, nem o nosso entardecer, muito menos a nossa noite.
Por ser uma síndrome que tem fortíssima ligação com o sistema nervoso, qualquer coisa pode disparar um gatilho de memória dos nossos muitos traumas passados ou de situações estressantes vividas. Quando isso acontece, a gente mergulha em um mar de dores pois, o corpo se retesa involuntariamente, virando um círculo vicioso: corpo retesa=dor=corpo retesa ainda mais=mais dor e ad infintum... Muito difícil de sair desse círculo e por isso as crises duram meses.
Tenho tentado realizar tarefas que não exigem grandes esforços - como arrumar a cama, lavar uma louça, etc - e não ficar muito tempo nelas.
Descobri no crochê uma forma muito prazerosa de voltar a me sentir útil e ao mesmo tempo, uma terapia ocupacional que me fazia esquecer a condição limitante. No entanto, o músculo chamado "trapézio", na sua parte superior, próxima à nuca e ombros, inchou devido aos esforço repetitivo dos movimentos do crochê. Eu havia me envolvido tanto na gostosura da atividade que havia me esquecido de parar e alongar. Não deu outra: uma crise que já dura quase um mês. E haja fisioterapia que não adiantava muito porque as dores nos ombros eram insuportáveis.
Foi quando me lembrei do processo de auto-indução. Se minha mente manda no meu corpo, posso enviar "ordens" para qualquer parte do corpo. Assim, comecei a falar em voz alta, pra mim mesma: "meu pescoço, eu sinto muito pelos esforços enormes que você teve que carregar; te peço perdão por ter feito isso com você; agora, não há mais motivos pra você se retesar; não há mais perigos, medos ou sofrimento. Te peço que relaxe. Neste momento eu te digo, relaxe. Apenas, relaxe."
Fiz o mesmo para o músculo do trapézio e para as costas. E quando eu falava, mentalizava o grupo muscular que eu estava conversando. Comecei a fazer isso ontem quando eu estava indo pra fisioterapia. Hoje, já pude voltar à realizar as atividades mais simples como lavar os cabelos e penteá-los. Pretendo retomar o croché, experimentando colocar um alarme no celular, de 20 minutos. Assim, à cada 20 minutos, devo levantar, alongar, caminhar, pra poder retomar a atividade que tanto me apacionei. Croché mudou meu padrão de pensamento: me sinto produtiva novamente e reduziu demais a ansiedade. Amo muito!
À cada crise de fibromialgia, um aprendizado: criar novas estratégias e recomeçar! Não dá pra fazer planos porque não temos controle sobre nossos gatilhos que disparam a crise de dor. Mas, podemos aprender com cada crise e ressignificar as estratégias de vida.
É uma nova forma de viver!
Por ser uma síndrome que tem fortíssima ligação com o sistema nervoso, qualquer coisa pode disparar um gatilho de memória dos nossos muitos traumas passados ou de situações estressantes vividas. Quando isso acontece, a gente mergulha em um mar de dores pois, o corpo se retesa involuntariamente, virando um círculo vicioso: corpo retesa=dor=corpo retesa ainda mais=mais dor e ad infintum... Muito difícil de sair desse círculo e por isso as crises duram meses.
Tenho tentado realizar tarefas que não exigem grandes esforços - como arrumar a cama, lavar uma louça, etc - e não ficar muito tempo nelas.
Descobri no crochê uma forma muito prazerosa de voltar a me sentir útil e ao mesmo tempo, uma terapia ocupacional que me fazia esquecer a condição limitante. No entanto, o músculo chamado "trapézio", na sua parte superior, próxima à nuca e ombros, inchou devido aos esforço repetitivo dos movimentos do crochê. Eu havia me envolvido tanto na gostosura da atividade que havia me esquecido de parar e alongar. Não deu outra: uma crise que já dura quase um mês. E haja fisioterapia que não adiantava muito porque as dores nos ombros eram insuportáveis.
Foi quando me lembrei do processo de auto-indução. Se minha mente manda no meu corpo, posso enviar "ordens" para qualquer parte do corpo. Assim, comecei a falar em voz alta, pra mim mesma: "meu pescoço, eu sinto muito pelos esforços enormes que você teve que carregar; te peço perdão por ter feito isso com você; agora, não há mais motivos pra você se retesar; não há mais perigos, medos ou sofrimento. Te peço que relaxe. Neste momento eu te digo, relaxe. Apenas, relaxe."
Fiz o mesmo para o músculo do trapézio e para as costas. E quando eu falava, mentalizava o grupo muscular que eu estava conversando. Comecei a fazer isso ontem quando eu estava indo pra fisioterapia. Hoje, já pude voltar à realizar as atividades mais simples como lavar os cabelos e penteá-los. Pretendo retomar o croché, experimentando colocar um alarme no celular, de 20 minutos. Assim, à cada 20 minutos, devo levantar, alongar, caminhar, pra poder retomar a atividade que tanto me apacionei. Croché mudou meu padrão de pensamento: me sinto produtiva novamente e reduziu demais a ansiedade. Amo muito!
À cada crise de fibromialgia, um aprendizado: criar novas estratégias e recomeçar! Não dá pra fazer planos porque não temos controle sobre nossos gatilhos que disparam a crise de dor. Mas, podemos aprender com cada crise e ressignificar as estratégias de vida.
É uma nova forma de viver!
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